domingo, 27 de novembro de 2011

Operação prende o maior contrabandista de cigarros do Brasil

Criminoso movimentava R$ 5 milhões por mês, estima a polícia

Uma operação policial prendeu, na última terça-feira (22), o maior contrabandista de cigarros do país, Alcides Carlos Grejianin, o Polaco. A ação ocorreu em pelo menos oito cidades do interior do Mato Grosso do Sul e contou com 200 policiais e agentes do Gaeco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual. Além de Polaco, 14 pessoas foram presas.

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Conhecido por órgãos que investigam o crime organizado, Polaco é procurado e já teve vários bens sequestrados pela Justiça, mas continuava com atividades criminosas.

Em outubro do ano passado, a Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público passaram a monitorar a quadrilha de Polaco. Os investigadores descobriram que ele comandava o grupo com ajuda de dois filhos: Ires Carlos Grejianin, o Irão, e Denis Marcelo Grejianim, o Tininho. O esquema contava ainda com a conivência de policiais militares e de um agente tributário.

Vídeo obtido com exclusividade pelo Domingo Espetacular mostra como policiais facilitavam os negócios do rei do contrabando. Um dos homens da quadrilha, Tiago Riquelme, chega à casa do cabo Vanilson Nogueira, na cidade de Sidrolândia. O policial aparece na garagem e recebe, das mãos do criminoso, um maço de dinheiro.

O cigarro produzido no Paraguai entrava no Brasil de duas maneiras: em caminhões ou em barcos. Depois de cruzar a fronteira, o contrabando era deixado em depósitos escondidos na mata. Durante uma patrulha aérea, a polícia descobriu o local no município de Caracol e apreendeu 40 mil pacotes de cigarros.

Já em território brasileiro, o cigarro contrabandeado pela quadrilha de Polaco seguia para as cidades de Porto Murtinho, Bela Vista, Jardim, Sidrolândia e Campo Grande, todas no Mato Grosso do Sul.


Era nestas cidades, segundo a investigação, que policiais militares e o agente tributário recebiam propina para permitir que os veículos seguissem viagem para outros Estados. A corrupção de policiais era tão explícita, que os acertos de propina aconteciam no próprio posto da Polícia Rodoviária Estadual, em Sidrolândia.

De acordo com as investigações, Polaco chegava a movimentar, por mês, R$ 5 milhões. Ele e os filhos costumavam se exibir em caminhonetes de luxo. Os bens confiscados nos últimos anos somam cerca de R$ 80 milhões. São propriedades rurais e urbanas, máquinas agrícolas, carros, caminhões e joias, além de mais de 8.000 cabeças de gado. Só o rebanho, que foi à leilão no começo deste ano, arrecadou mais de R$ 7 milhões. Polaco foi preso com os filhos, numa das propriedades da família em Eldorado, a 450 km de Campo Grande.

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