quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O mistério sobre o tiro disparado dentro do carro do jogador Adriano, do Corinthians, na madrugada do último dia 24, está perto do fim. A jovem Adriene Pinto confessou, no início da noite desta quarta-feira, que foi a autora do disparo que atingiu a própria mão. Nervosa e chorando muito ela disse que está arrependida por ter mentido. A jovem, que foi operada na terça-feira para reconstituição do dedo, recebeu alta também nesta quarta.

Veja imagens do caso envolvendo Adriano

Veja fotos da acareação e reconstituição do caso

Apesar da confissão, a polícia não trata o caso como concluído. Segundo o titular da Delegacia da Barra da Tijuca (16 DP), Fernando Reis, é necessário comprovar a veracidade da nova versão apresentada por Adriene.

- A confissão dela não significa que estamos convencidos. Realmente é coerente com a perícia, que concluiu que o tiro partiu de baixo para cima, e também com o depoimento dos outros envolvidos. Isso dá credibilidade à confissão. Mas a investigação ainda não está em processo de conclusão.

O delegado afirmou ainda que não há dúvidas de que Adriano estava no banco da frente do carro, ao contrário do que Adriene havia contado em seu primeiro depoimento.

- Estamos convencidos de que ele estava na frente. Mas não significa que elimine a chance de ele ter disparado. Com isso, sobram duas possibilidades: ele poderia ter passado a arma para ela e disparado acidentalmente ou então teria pego a arma embaixo do banco e atirado contra a própria mão sem querer, como a própria Adriene contou em sua nova versão.

A reconstituição do acidente acabou por volta das 19h30. Participaram da ação, além de Adriano e Adriene, Andréia Ximenes, Viviane Dutra e o policial militar reformado Júlio César Barros de Oliveira.

Na primeira parte da reconstituição, a polícia seguiu a versão de que Adriano estava na parte da frente do carro, no banco do carona. Todos os ocupantes do carro, com exceção de Adriene, contaram a mesma história em depoimento.

Na versão da vítima, que era sustentada por ela até então, Adriano estava no banco de trás e foi o autor do disparo que, segundo ela, foi acidental.

Essa hipótese também foi reconstruída pela polícia. Após três mulheres ocuparem o banco traseiro da BMW, Adriano entrou com dificuldades e a porta do carro só fechou após muito esforço. Neste momento, uma policial ficou no banco da frente, no lugar que estaria ocupada pela quarta mulher, identificada como Daniele Pena, mas que não foi à delegacia.

Mais cedo, o titular da Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), Fernando Reis, realizou nova perícia no de Adriano. Acompanhado por dois peritos, Reis concluiu que a bala partiu de baixo para cima e de uma posição central do banco de trás.

Ao sair do veículo, o delegado, que pouco antes havia conversado com Adriano e os demais envolvidos no caso, disse que já tem uma conclusão, mas não revelou qual.

- Eu ouvi os envolvidos e já tenho conclusão sobre a versão verdadeira. Mas não vou revelar agora.

Assista aos vídeos:









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