quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Inconformado, pai investiga a morte de filho em SP


Rapaz morreu após uma abordagem na Zona Oeste da capital.
Caso foi registrado inicialmente como resistência seguida de morte.



 Um pai inconformado resolveu investigar por conta própria a morte do filho, registrada inicialmente há um mês como resistência a uma abordagem da polícia. Depois da investigação feita por Daniel de Oliveira, que é de Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo, cinco policiais militares suspeitos foram presos, como mostrou o Bom Dia São Paulo desta quarta-feira (1º).

 O filho de Daniel, Cesar Dias de Oliveira, foi morto em uma abordagem policial feita na Vila Dalva, na Zona Oeste da capital paulista, na madrugada de 1º de julho, enquanto passava de moto na companhia de um amigo, que também foi assassinado. Os rapazes tinham 20 anos.

 De acordo com a versão apresentada pelos policiais na delegacia, eles fizeram sinal para a moto parar. Os rapazes fugiram e o garupa fez disparos. Pouco depois, Cesar, que era o dono da moto e estava na direção, perdeu o controle, caiu e ainda atirou.

 Durante a abordagem, Cesar tomou um tiro na virilha. A marca do disparo ficou no documento da moto que o rapaz costumava levar no bolso da frente da calça. Ele foi levado para um hospital em Osasco, na Grande São Paulo, mas o jovem chegou morto ao hospital, com mais quatro tiros.

 A investigação do pai começou logo depois que o pai deixou o hospital para onde o filho foi levado. Ele foi até o local do crime e começou a juntar as pistas que contribuíram para a prisão dos PMs no início desta semana. À medida que as provas eram reunidas, a versão dos policiais ficou mais frágil.

 Daniel tatuou o rosto do filho no braço. “Meu filho foi herói, porque ele não era bandido. No nosso coração, ele vai ser sempre o nosso meninão, humilde, com o coração de criança”, afirmou.

 Os policiais militares presos atuavam na cidade de Osasco e abordaram os jovens na Zona Oeste da capital - um desses policiais é sargento. Em nota, a PM informou que a Corregedoria da corporação e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigam o caso.
  

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